Neste texto vamos falar sobre liderança no aspecto conceitual e uma das principais (se não a principal) competências que um líder precisa ter.

Existem várias definições de liderança. Algumas referências dizem que se trata de uma competência, outros que dizem ser um processo, um estado, etc. Nós consideramos como uma macrocompetência que é composta por várias microcompetências.

E, para o desenvolvimento de lideranças, é essencial pensar na melhor conjunção entre alguns fatores:

1. A identidade, as forças e o estilo único do líder.

2. Sua visão de futuro e metas.

3. As microcompetências que esse líder precisará desenvolver para chegar onde quer.

Uma coisa que sabemos é que pessoas mentalmente saudáveis têm como desenvolver qualquer coisa, desde que usando aqueles 4Cs (Consciência, Cadência, Consistência e Coração) muito embora nem tudo valha a pena. E é a partir dessa clareza que, dependendo de onde a pessoa quiser chegar, ela vai escolher quais microcompetências faz sentido se dedicar a desenvolver, especialmente considerando que algumas serão menos naturais e o custo do desenvolvimento mais alto.

Agora, se por um lado cada líder deve ter a clareza de suas forças e do que deve ser desenvolvido de forma muito única, há uma microcompetência que necessariamente precisa ser dominada por qualquer pessoa e pode ser considerada como a principal base de sustentação de qualquer liderança…

Veja, se ser um bom líder significa explorar o melhor do que tenho e desenvolver o que preciso pra chegar onde quero, isso significa que preciso ter sempre a abertura para aprender e melhorar! Se não desenvolver essa capacidade, tanto deixarei de utilizar de forma eficiente minhas forças, como definitivamente não poderei desenvolver o que preciso para avançar… aliás… isso quando não tiver prejudicada minha própria capacidade de identificar o que desenvolver.

E, para que tenhamos essa competência nutrida e consolidada, o primeiro passo é a abertura à humildade e à vulnerabilidade.

A humildade, aqui no nosso contexto, é uma virtude que demonstram aqueles que têm coragem de olhar com honestidade para suas próprias limitações e fraquezas, sem que isso os defina como pessoas. A humildade permite com que uma pessoa se veja como ela realmente é ou onde ela está, sem precisar ‘parecer mais’ para o mundo externo. Costumo dizer que uma das formas mais corajosas de honestidade é a honestidade consigo mesmo. Se você diz a verdade pra si mesmo, fica mais fácil de dizer pro mundo – sem contar que sai um peso enorme das costas e fica muito mais leve para caminhar em frente.

Já a vulnerabilidade é o outro lado dessa moeda. Se com a humildade a pessoa permite ‘se ver de verdade’, com a vulnerabilidade ela permite ‘ser vista de verdade’. Ser vulnerável é sair do lugar da perfeição, da autossuficiência, do ‘eu já sei’, sabe?

É somente ao se abrir para enxergar onde talvez não esteja dando tão certo, ou mesmo onde está dando, mas há espaço para melhorar, que surge a chance para crescimento e desenvolvimento. Aliás, quando nos dedicamos com afinco a algo e vemos que ainda há mais ‘pista para correr’ às vezes dá um sentimento de frustração… o qual também pode ser combatido por uma mentalidade que está sempre aberta ao aprendizado!

Líder, a palavra de ordem é a seguinte: daqui para frente, sente-se na cadeira de aluno e não saia mais dela! Essa é a principal competência de qualquer indivíduo que quer continuamente avançar para ser uma liderança realmente diferenciada!

É isso aí.

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