Compartilho neste texto o conteúdo que abordei na Live que participei há uns dias, realizada pela Associação Comercial de São Paulo.

O tema foi “Como driblar a ansiedade e captar oportunidades em um cenário de incertezas”. Decidi falar sobre quatro atitudes necessárias ao Empreendedor, para lidar o melhor possível cuidando do seu negócio e também de si mesmo, neste momento tão complexo e difícil. Vamos lá para cada atitude!

Atitude 1: Compreenda o cenário macro e o processo pelo qual estamos passando, bem como exercite a adaptação e inovação.

Os impactos da crise gerada pela COVID-19 são amplos e profundos e todas as pessoas são afetadas, em maior ou menor grau. Infelizmente, vivemos um fenômeno histórico, com abrangência global, que é complexo e difícil.

E porque estou reforçando esses pontos, que todos nós sabemos?

Porque é preciso aceitar essa grande mudança, de verdade, e entender como é o processo de passar por uma crise com essas proporções, para agir com os melhores recursos a partir disso. Não dá para pensar e agir da mesma forma de antes da crise.

E é preciso entender que você não está sozinho, o sofrimento e desafios são coletivos. Cuide de você. Cuide de quem puder. E se precisar de cuidado, procure ajuda, sim! A partir dessa consciência da mudança, de um cenário novo, é momento de exercitar a nossa capacidade de Adaptação. Que adaptações são necessárias? Que mudanças considerar a partir de agora? Pensando em seu negócio, especificamente, é momento de aplicar a inovação. Mesmo que você não se considere uma pessoa inovadora, vale compreender que é possível treinar essa capacidade! Para isso, deixo a recomendação do livro “Pense Simples”, do Gustavo Caetano. Ele aborda com propriedade o tema empreendedorismo e inovação. É um livro de simples leitura e com exercícios para aplicação prática.

Para fechar essa primeira atitude, deixo aqui três perguntas pensando em seu negócio: 1. Que necessidades e incômodos do momento eu posso atender? 2. Que tipo de produto / serviço, posso direcionar a essas demandas? 3. Como adaptar o formato atual para o novo momento?

Atitude 2: Busque inteligência / conhecimentos para aplicar ao seu negócio. Um dos aspectos críticos neste momento é a definição de um planejamento financeiro. Escute especialistas dessa área, avalie sua situação e tome decisões.

Sobre isso, assisti uma Live do Ricardo Amorim com o CEO da Loft, Florian Hagenbuch, que achei bastante interessante. Se quiser acompanhar, segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=KZCJ5F6JKLw.

Algo que foi citado na conversa é que as empresas podem ser separadas em pelo menos dois grupos: o grupo de sobrevivência e o grupo de empresas mais estabelecidas.

No grupo de sobrevivência estão as empresas que não tem caixa e têm redução de receita nesse período, ou zero receita, por conta da crise.

Nesses casos, tem algumas ações / pensamentos que podem ser úteis: 1. O que posso fazer para gerar receita? 2. É possível antecipar receita futura? Que linhas de crédito existem para o meu perfil? Considero um eventual financiamento?

3. Procurar programas de ajuda do governo; 4. Cortar custos. Para o segundo grupo, que são empresas mais estabelecidas, com caixa e receita, mesmo na crise, o foco seria pensar na saúde física e bem-estar das pessoas da equipe, cuidar da reputação (o que tratá ganhos para imagem e crescimento futuro) e em em terceiro lugar de preocupação, o financeiro.

Qual é o seu caso? O que você pode fazer pensando nisso? Ainda falando sobre a segunda atitude, que é buscar conhecimento, pesquise o que outros empreendedores estão fazendo como ideias criativas no momento para adaptar o negócio. Outro dia vi uma rede de academias que estava alugando seus equipamentos. Com isso, conseguiram trazer receita e pagar sua equipe, por exemplo. Sobre isso, procure pensar nas formas atuais que você pode entregar seus produtos e serviços, efetuando modificações para atender a demanda atual.

Converse também com empreendedores que têm uma caminhada de anos na estrada e que já passaram por crises. Escutar essas histórias, ajuda a se inspirar e entender possibilidades sobre como é possível passar por esse momento. E por fim, estude seu mercado específico. Qual é a realidade? O que está ocorrendo vai gerar mudanças pontuais e você se adapta pontualmente? Ou são mudanças mais duradouras? Outro aspecto específico neste sentido é o da transformação digital. Muitos negócios estão se adaptando a essa nova realidade. Um processo que já vinha ocorrendo, mas foi acelerado pela necessidade do momento. Procurar a melhor forma nesse caminho, é uma adaptação que poderá trazer retornos nesse novo mundo que vivemos. Uma dica também é pesquisar como será o consumo / a retomada do consumo em seu setor após a crise e as previsões para o futuro, para que crie um plano com base na realidade.

Atitude 3: Desenhe seu Plano Estratégico e as ações – escreva e tenha clareza de como ir para a prática. Com todas as informações das atitudes anteriores, é hora de organizar as ideias e fazer um planejamento claro.

Com planejamento, podemos ir melhor e mais longe do que sem planejar. É preciso definir o que fazer de imediato e quais as possibilidades no médio e longo prazo também. ⠀ Algumas pessoas associam erroneamente a palavra Planejamento a rigidez/ inflexibilidade. Pessoas que pensam assim, normalmente desistem de planejar, quando as coisas dão errado. Mas um bom planejamento, pelo contrário, é aquele que é atualizado de forma dinâmica, fluida e conectada com o tempo atual. ⠀ Uma boa notícia é que podemos aprender a planejar. Sobre esse tema, vou deixar dois recursos para facilitar: o e-book gratuito “Saia do Piloto Automático” que você pode baixar no link: http://trilhasdacarreira40.com.br/ebook-spa-org E se quiser receber uma outra ferramenta que criei que se chama PEP (Planejamento Estratégico Pessoal), pode me enviar um email que encaminho a você. Meu contato: pschuindt@r122.com.br

Atitude 4: Busque autoconhecimento e foque na aprendizagem emocional.

É momento de perceber:

Além disso, é preciso aceitar que faz parte do processo sentir medo, angústia, tristeza em um momento difícil como este, é sinônimo de conexão com a realidade. Mas é preciso observar também a intensidade e duração dos sentimentos, bem como identificar como você tem lidado para seguir e ficar bem, ao máximo possível. Para isso, busque canalizar suas sensações para ações práticas úteis a si mesmo e também aos outros.

Tome tempo também para momentos de relaxamento, distrações. Por exemplo, ouvir música, conversar com amigos e família, fazer alguma coisa que gosta muito, aprender a meditar, dançar, brincar com os filhos e por aí vai). O que te faz relaxar? O que renova sua mente e te deixa melhor? Insira isso em sua rotina.

Finalizando, como você se vê nessas quatro atitudes?

Pare para definir qual delas poderá ser o seu foco de desenvolvimento no momento, pensando no autocuidado e avanço de seu negócio.

Para ajudar em seu processo, escolha alguém de sua confiança para conversar e sempre que sentir que não está conseguindo avançar sozinho ou com sua rede de apoio – família e amigos, procure ajuda profissional.

Texto escrito por Patrícia Schuindt, que é Sócia-Executiva da R122, Psicóloga e Professional Certified Coach (PCC), credenciada pela ICF (International Coach Federation), e atua em processos de Planejamento de Carreira e Coaching de Líderes. Para falar com a Patrícia: pschuindt@r122.com.br

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