Quais são seus objetivos para os próximos 1, 3 e 5 anos?

Ao escrever essa pergunta, fico curiosa para saber sua reação…A relação que as pessoas estabelecem

com metas e objetivos, me chama muito a atenção.

Me deparo com uma grande quantidade de pessoas que em um primeiro momento não têm clareza sobre onde gostariam de chegar daqui a 1, 3 e 5 anos…

Algumas pessoas acham isso (estabelecer objetivos) uma perda de tempo, porque nada é previsível…”é melhor deixar as coisas acontecerem, vou agindo conforme o momento e oportunidades”.

Outras pessoas até sonham com o que gostariam de alcançar lá na frente, mas ficam no campo da imaginação e não fazem nada na prática. Quando percebem, o tempo passou e nada ou muito pouco foi feito…E isso vira uma bola de neve ao longo dos anos…Insatisfação, falta de realização, ansiedade, angústia…

E ainda, há pessoas que não conseguem, no momento atual, imaginar o que realmente querem. Estão “travadas” no presente e passado. O futuro não é algo convidativo, simplesmente ele chega e pode ser bom ou ruim. Muitas dessas pessoas tiveram alguma frustração, um “fracasso”, momentos difíceis e ainda levam consigo esses significados negativos das experiências vividas – “não sei se quero colocar um objetivo profissional, pois já sonhei muito, com plano A, B, C e nada aconteceu…”

No processo de Coaching, logo nas primeiras reuniões, meu papel como Coach é ajudar as pessoas a definirem objetivos e sua visão para o futuro, pois a metodologia pressupõe que isso é importante para que possamos direcionar nosso pensamento, ter insights, ações e avançar rumo ao alvo. Conforme vou ajudando meus clientes e refletirem sobre seu futuro, vamos aprofundando as questões e desafiando a forma de pensar para encontrar possibilidades.

Considerando a dificuldade de algumas pessoas estabelecerem e lidarem com seus objetivos, escrevi sete pontos de reflexão, com o intuito de ajudá-las enxergar novas perspectivas.

  1. Ter objetivos é ter um norte e se movimentar a partir disso. É olhar para o futuro e direcionar o presente. É como quando estamos em um lugar da cidade e decidimos ir para outro. A decisão de “para onde ir”, vai ajudar a pensar no como, quanto tempo, no custo…E aí, se for um lugar onde realmente queremos ou precisamos chegar, vamos agir com foco nisso e fazer escolhas para este fim. E quando temos foco, as coisas acontecem.
  2. Ter objetivos facilita dizer não. Quando você sabe onde quer chegar e o que tem valor para você, é mais fácil fazer escolhas todos os dias, na vida pessoal e profissional. A famosa dificuldade de dizer não, é amenizada. Não que seja fácil, especialmente para algumas pessoas, mas o motivo para dizer sim ou não estará relacionado à construção que está fazendo. Se pensar com frequência – “qual o motivo de fazer isso ou aquilo?” e lembrar com clareza de onde você quer chegar e quem quer ser, suas decisões serão mais simples, pois os limites já estarão mais claros. Daí a decisão é parar para pensar, sair do automático.
  3. Alcançar objetivos fica mais fácil dependendo das pessoas que caminham com a gente. Sim, as pessoas com quem decidimos caminhar, impactam em como vai ser a nossa caminhada e isso faz toda diferença, pois alcançar objetivos é um processo, com muitas variáveis. Essa é uma das coisas que mais acredito…Em várias teorias da psicologia e em histórias que conheço, o impacto de palavras e do cuidado de outras pessoas é significativo. Se você caminha com quem te apoia, te suporta, compartilha a vida, incentiva, terá muito mais chances de persistir em dias difíceis – especialmente se essa pessoa é importante pra você ou uma referência. Ter quem te escuta, facilitar a criatividade e ajuda a encontrar soluções que achava não ter respostas. Além disso, quantas vezes você ficou desanimado e alguém mostrou acreditar em você, no seu plano? Te ajudou a melhorar, reformular, traçar novas estratégias? Que diferença isso pode fazer? Sejamos essas pessoas no mundo. E se você sente que não tem essa rede de apoio que te leva para frente, é hora de conhecer novas pessoas, organizações, criar relacionamentos reciprocamente produtivos.
  4. Um objetivo pode sim ser reformulado e modificado. Eu diria que pode e deve, em algumas situações. Mentes e comportamentos rígidos muitas vezes podem ser a causa do insucesso. Se hoje eu defino um objetivo, é com base no que eu conheço hoje e pode ser que amanhã tenha novas informações, ocorram mudanças internas e externas e aquilo que era muito claro, pode não fazer mais sentido nenhum em outro momento. O processo de reflexão é fundamental, sempre. Não dá para seguir com uma persistência burra, por um caminho que vai te levar onde você não quer mais estar. A grande diferença entre desistir e fazer escolhas é essa – desistir é quando você ainda quer muito alcançar algo, mas por algum motivo, para no meio do caminho. Fazer escolhas é olhar para o objetivo e entender que não faz mais sentido, por isso, qual o problema de reformular o caminho e mudar a rota, a fim de chegar a algo diferente do que imaginou inicialmente? Ter objetivos é um processo dinâmico.
  5. Ao definir objetivos, pense em pequenos passos, atingíveis e específicos. Isso fará toda diferença para alcançar um objetivo maior. É como quando você tem a casa inteira para organizar após uma mudança. Dá para fazer tudo sozinho de uma vez? É importante se perguntar: por onde começarei? Quais são as prioridades? Quais serão os passos para ter a casa toda organizada? A cada ação, você está contribuindo com o objetivo maior. Algumas pessoas travam ao pensar no objetivo maior e não avançam, e não é por falta de capacidade, mas é que por imediatismo e ansiedade, acabam não enxergando etapas necessárias que fazem parte do processo. Enquanto ficam brigando com soluções mágicas, fáceis e rápidas, estão deixando de fazer o que pode ser feito, dentro dos recursos que tem.
  6. Reconhecer os avanços faz toda diferença. Faça o teste. Ao invés de só olhar a lista do que falta fazer, faça listas do que já foi feito e dos aprendizados. Observe e perceba os passos dados, com o raciocínio anterior de que cada passo faz parte do objetivo maior. Isso ajuda a ter clareza de onde realmente está, o quanto já avançou e pode trazer consciência do que precisa fazer diferente. Em contextos onde críticas e cobranças são mais frequentes do que elogios e reconhecimentos, esse é um ato de coragem e gera estados emocionais mais positivos e motivação.
  7. Revisar qual é o seu modelo mental e suas crenças sobre os objetivos é fundamental. O que acreditamos impacta na forma como agimos. Se você frequentemente tem pensamentos de que não vai dar certo, de que não é capaz, de que não vai conseguir, é possível que precise trabalhar crenças mais produtivas e estratégias. Vi muitas pessoas que tinham muito potencial para alcançar o que queriam, só não sabiam disso, pois enquanto se culpavam, criticavam e não acreditavam que algo era possível, deixavam de se enxergar verdadeiramente. Se enxergar verdadeiramente é não ignorar potencialidades e capacidades. É se olhar por inteiro, com valor. Vi pessoas alcançarem coisas incríveis quando mudaram crenças limitantes e usaram suas forças e recursos para se moverem frente aos objetivos.

O que você acha desses aspectos? Pense se faz sentido para você e se tem algo que quer experimentar fazer diferente. A transformação acontece quando saímos do automático e passamos a refletir e agir!

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