Após minha imersão no Vale do Silício, tenho compartilhado sobre a experiência durante as conversas com líderes e empreendedores, e sempre me perguntam quais os principais aprendizados. 

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Confesso que cada vez que recebo a pergunta fico processando as ideias porque foi algo tão intenso não só no conhecimento, mas como experiência pessoal, que preciso rever a resposta. 

Bom, hoje ao receber o convite para participar da comunidade Game Changers da StartSe (adorei essa imagem que fizeram, ao lado), decidi parar para escrever e vim aqui compartilhar tópicos rápidos da visão que a experiência proporciona:

Existe um conhecimento sobre criar um negócio de sucesso que precisa ser aprendido e lá eu vi claramente sobre isso. Vi o quanto é importante definir um problema com clareza, traçar hipóteses, propor soluções, desenvolver um produto e testá-lo, mesmo não estando em seu estágio mais maduro. Mas isso justamente para aperfeiçoar depois, considerando o que os clientes pensam. Mas não para por aí, vimos muito também o quanto o modelo de negócios é fundamental, além do bom produto, para realmente dar certo. Isso especialmente porque as start ups têm a característica de buscar chegar a um estágio em que será possível o crescimento exponencial, por conta da repetibilidade e escalabilidade, possíveis por conta da base tecnológica. Bom, ensinar sobre isso é grande especialidade da Start Se, então vale a pena acompanhar (não é publipost, tá? rs Falo porque realmente eles podem te ajudar).

Estar imerso em um ambiente que fomenta a mentalidade empreendedora pode acelerar o aprendizado. Não só pela parte de conhecimentos técnicos em negócios, mas também pelo incentivo à coragem de construir algo que acredita, sabendo dos riscos de não dar certo, mas fazendo de tudo para que dê (o dado marcante de que 9 entre 10 start ups não dão certo, aparece em vários momentos. 

“Por isso, fracassar e falhar não significa um rótulo de incompetência ou de que nunca dará certo. Mas significa que você tentou e agora está mais forte para a próxima jornada. Conhecimento se acumula. “

Ah, mas e o dinheiro que não tenho? Aí entra sua capacidade de vender sua ideia a pessoas e obter investimentos. 

Em cada fase do negócio, aportes diferentes, mas no fim, saber fazer um bom pitch faz toda diferença. Lá é o lugar certo para se aprender sobre isso, já que se destaca no mundo pela quantidade de investimentos / venture capital ou capital de risco. São bilhões investidos para que negócios decolem. Mas aqui no Brasil também há oportunidades que você pode buscar isso. 

Nessa linha também, algo que me chamou demais a atenção é o quanto alguns empreendedores, hoje de sucesso, precisaram se reinventar, e conseguiram! Impressionante ouvir as histórias, de pessoas que ‘chegaram ao fundo do poço’ e precisaram se levantar e sair para construir sua nova realidade. Com humildade, determinação e vontade de fazer acontecer (além de muitas outras coisas, claro). 

Inclusive a palavra chave – resiliência – e fortalecimento emocional contam. Quando tudo ao redor está desfavorável, mas dentro de você há algo que diz para seguir e tentar novamente. Como você tem cuidado de você nesse aspecto?

Pude entender um pouco mais da inteligência artificial, que é o tema da vez, mas não o suficiente para ensinar qualquer coisa (rsrs) porque estou ainda aprendendo. Mas tive vários start como me esforçar para conhecer algumas ferramentas, entender o que é possível usar em diferentes trabalhos e que é mais que necessário que empresas parem para pensar em possibilidades e possíveis entraves ao negócio atual, para se reinventarem também. Mas não se desespere…

Ao invés de se preocupar com o que a inteligência artificial vai nos tirar ou somente visualizar os riscos, pense no que pode surgir de novo e busque ser parte disso, seja ao atualizar sua atuação profissional, criar inovações no negócio, obter um novo conhecimento e ser útil à transformação digital…enfim. Não tem noção de por onde começar? Procure pessoas, conteúdos e eventos e comece sua jornada!

Gostei muito de conhecer por meio de uma palestra sobre o modelo de planejamento e execução do Google e o modo que fazem a gestão. Vimos o modelo de OKRs sendo executado com fluidez e de maneira clara para todos. A partir da estratégia e direcionamento da alta liderança, são estabelecidas metas, mas há também o espaço para criação de metas pela equipe, o que traz uma inteligência e engajamento, ao construir coletivamente as soluções e novos produtos para o negócio. Também gostei que eles valorizam o espaço para as pessoas viverem os seus sonhos, possibilitando a mobilidade interna e envolvimento com projetos diferentes. Isso possibilita experiências diferentes e mais processos criativos para a organização. Por fim, fiquei impressionada com a organização e estrutura que utilizam como equipe…Posso errar em algumas informações aqui (releve e corrija por favor), mas pelo que entendi, de segunda-feira, eles focam em preparar e planejar a semana, terça-feira, trabalho coletivo, com reuniões de até meia hora cada uma. Sendo que para toda reunião as pautas precisam ser estabelecidas antes para que todos tenham acesso e possam se preparar, assim se torna mais produtivo, além disso, o respeito com a agenda e tempos de conciliação com questões pessoais (se estou deixando minha filha na escola você vê na minha agenda e pode não esperar uma resposta naquele momento). Acho que isso ajuda a gestão das interações e para que não se fique alerta o tempo todo. E seguem os dias da semana com uma organização e um jeito de trabalhar que as pessoas sabem o que vai acontecer e os focos a cada dia. Amei!

Eles também trazem muito a experiência do quanto a diversidade é positiva na inovação e no mundo dos negócios, não somente a diversidade de gênero ou racial, mas também todas as outras diferenças (etária, cultural, relacionadas a pessoas com deficiência, etc). No Learning Experience, que foi o nome da imersão que fiz com a Start Se, tivemos a oportunidade de vivenciar um pouco disso no grupo que foi criado para montar uma start up ao longo da semana, até chegar à apresentação para investidores. Entendo que nesse tema é importante se abrir e saber desenvolver competências de inclusão, colaboração, escuta e o autoconhecimento em si.

Por fim, uma outra palestra que aprendi muito foi sobre a cultura Netflix, de liberdade e responsabilidade, em que foi falado sobre a Densidade do Talento como algo a se considerar para os momentos iniciais de um negócio, para que se possa ter bons tomadores de decisão e que possam ajudar nas criações que um novo negócio precisa. E que a cada fase do negócio, novos perfis podem ser priorizados (por exemplo quando as coisas estão mais definidas, há regras e sistemas, pessoas com menor senioridade poderão fluir bem, diferente de quando ainda há muito para se definir e estabelecer). 

Na imersão conheci pessoas incríveis, de diferentes experiências e lugares. Com algumas delas senti afinidade imediata e facilidade de conversar desde o início. Outras pessoas, eu queria me aproximar, mas precisei pensar em qual tema, para iniciar o diálogo e também ativei uma dose a mais de coragem. Embora eu seja uma pessoa extrovertida, tenho algumas questões que precisei lidar internamente. Mas determinei para mim que falaria com as pessoas, mesmo as que me pareciam interações que não eram tão óbvias ou fáceis, então, exercitei a coragem de puxar conversas e me aproximar. Para isso, fiz perguntas sobre elas, escutei diferentes histórias (a parte mais fácil pra mim) e também compartilhei pensamentos, histórias e objetivos. Levo boas lembranças e boas novas perspectivas, além da expansão da minha rede. Com certeza quero cultivar essa rede de pessoas, sendo que algumas delas levarei no coração como boas amizades!

Qual dessas reflexões são pontos que você precisa considerar mais daqui pra frente? Comente aqui! (Se você é muito detalhista, vai perceber que foram 8 reflexões e não 7, mas é que depois de publicar, achei que a última precisava de um tópico a parte rs). 

Você que já foi para o Vale do Silício ou que conhece bem essa cultura, comente aqui os aprendizados também 🙂

Bom, pra fechar, só ressaltar que comecei a escrever um post que era pra caber tudo na legenda, mas me empolguei aqui e fiz esse texto maior, de maneira bem informal e com o que vinha na minha cabeça. Espero que ajude a pensar e possa abrir possibilidades de ações. Qualquer dúvida ou algo que queria saber, escreva aqui. 

E se você chegou até aqui é porque quer mesmo aprofundar no tema. 

Então, vou deixar o site da Start Se, que é referencia em negócios, empreendedorismo e inovação (https://www.startse.com/) e o site da R122, pois somos especialistas em formar, transformar e acelerar líderes, tanto de organizações tradicionais e já estabelecidas, quando de start ups (https://r122.com.br/)

Patrícia Schuindt, Psicóloga, Executive & Career Coach (Professional Certified Coach/ICF) e Sócia da R122.


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