Eu conversava com um cliente que trabalha no desenvolvimento de gestão de pessoas e num determinado momento falamos sobre “como motivar as pessoas”

Primeiro ele falou sobre valorizar o que a pessoa faz e sobre a importância de se mostrar pra ela que há valor em suas responsabilidades. Mas, enquanto discorríamos sobre isso, surgiram duas perguntas: “Ok. Isso é bom… mas será que a pessoa sabe que ela é importante? E quanto será que isso impactaria em sua motivação?”

Os dois pararam para pensar no que inicialmente parecia uma distinção tão pequena, e insights e ações resultaram daí.

Sabe, é muito comum vermos as pessoas serem motivadas por reconhecimento, especialmente de chefes, pais e autoridades em geral. Você gosta de ser reconhecido? Muito possivelmente sim.

Isso é natural porque o reconhecimento gera um processo positivo no cérebro das pessoas e as faz raciocinar e produzir melhor. Se por um lado o reconhecimento gera um bem-estar para o próprio indivíduo que o recebe, por outro processos fisiológicos que se desencadeiam levam a pessoa ao seu melhor estado – o que é ótimo para a organização para a qual ela trabalha. Ou seja, o reconhecimento gera uma via de mão dupla extremamente positiva!

É verdade que num ambiente de trabalho é difícil você encontrar alguém que seja insubstituível – e isso é mais real ainda em contextos altamente profissionalizados em que processos e melhores práticas são estabelecidos e funcionais. Por isso num primeiro momento talvez seja comum um executivo como meu cliente pensar em motivar um colaborador com aquilo que ele faz. Mas, ainda que o tenha colocado nesse parágrafo seja verdade, também é verdade que enquanto alguém realiza aquele trabalho esse alguém é essencial e isso precisa ser valorizado e, mais ainda, precisa ser comunicado.

Por exemplo, uma pessoa que trabalha com limpeza urbana pode não ser valorizada às vezes… mas basta essa pessoa ficar doente para que a cidade sinta sua falta e sofra! Um varredor é importantíssimo para o bem-estar da cidade e precisa saber disso! Afinal, enquanto fizer aquilo, é essencial que ele esteja ali…

Um indivíduo que entende que tem valor para uma organização (e não apenas tem valor o que ele faz) automaticamente gera um vínculo emocional com o que faz e aquilo passa a ter um sentido de propósito maior. Com isso sua energia aumenta, bem como seu envolvimento e, como já dito anteriormente, até mesmo sua capacidade de raciocínio e produção.

Lidamos com pessoas o tempo todo. Talvez você não seja um executivo ou gestor de uma corporação, mas ainda assim certamente precisa de pessoas para concretizar planos, não é? Até mesmo no contexto familiar precisamos de engajamento para que a harmonia e colaboração sejam realidade… Acredite, eu sei bem… tenho um filho de 13 anos!

Como você tem engajado e motivado as pessoas ao seu redor? Talvez você nem tenha pensado nisso ainda, mas talvez já o tenha e esteja focando mais no que as pessoas fazem do que quem elas são e quanto são importantes (nem que seja só naquele momento) para o contexto maior.

Agora é hora de parar para pensar em que contextos você quer engajar e motivar as pessoas. Pense na importância do que elas fazem, mas também na importância de cada indivíduo. Com certeza você conseguirá comunicar com clareza e os resultados serão surpreendentes! Afinal, lembrando de todos os ganhos que compartilhei nesse texto… é importante ser importante!

É isso aí.

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