Para ter produtividade no trabalho, precisamos considerar um conjunto de fatores, seja trabalhando de casa ou do escritório.
Mas é fato que com a toda situação gerada pela pandemia da COVID-19, são muitas as histórias de dificuldades encontradas ao lidar com o trabalho de casa, seja pessoalmente ou ao fazer a gestão da equipe de forma remota.
Especialmente na situação que vivemos nos últimos meses, não falamos apenas de trabalhar de casa ou do escritório. Vivemos uma imensa adaptação necessária às organizações e pessoas, em um curto período, sem a preparação devida e, ao mesmo tempo, com cada profissional tendo de lidar com uma série de circunstâncias que alteraram dinâmicas pessoais de forma intensa e que afetam o emocional de diferentes intensidades. Que fase!
Na R122 trabalhamos de forma remota há alguns anos e, por isso, temos compartilhado a nossa experiência com quem nos acompanha. Logo no início da quarentena, gravei um vídeo com algumas boas práticas para ser produtivo ao trabalhar de casa, que você pode assistir aqui: https://bit.ly/38Z3Ani
E considerando que muitas organizações continuarão neste modelo remoto por mais um período ou mesmo adotaram o home-office de forma permanente, reproduzo abaixo alguns aspectos citados no vídeo, que se fortalecidos de forma individual e coletivamente, com devidas adaptações às particularidades, poderão gerar mais resultados.
1. Faça um Planejamento macro e tenha clareza dos “entregáveis”.
Muitas pessoas começam a semana sem nenhum planejamento e esse é um erro grande ao pensar produtividade. Para ter um bom fluxo de trabalho e alcançar resultados, precisamos saber quais são as prioridades / objetivos / entregas esperadas na semana. Para onde suas ações diárias estão te levando? É para lá que você e sua organização pretendem ir?
Pessoalmente, gosto de separar um tempo uma vez por semana (sexta-feira) para ter a visão do todo: pensar nos projetos pessoais e profissionais definidos previamente. Ao olhar para o que busco alcançar versus onde estou com relação a isso, defino os passos que preciso dar naquela semana e transformo em ações, que vão para a agenda (por exemplo, atendimentos, reuniões, atividades de concentração, produção de conteúdo…) ou eu anoto em uma lista de “to dos”, onde escrevo aquilo que preciso fazer, mas sem hora e data definida, dentro do período de uma semana.
Feito isso, ao longo dos dias, olho com frequência a agenda e minhas anotações. Elas servem como direcionadores e deixam minhas ações mais ágeis, porque não preciso pensar muito para saber o que fazer.
É claro que ao longo do dia surgem demandas, novidades e pessoas fazendo solicitações. Então, vou adaptando com clareza do que pode ser modificado no plano e o que precisa de fato ocorrer conforme as definições. É ter flexibilidade com foco.
E para quem é gestor é preciso pensar em meios de fazer isso de forma coletiva, para que os indivíduos tenham clareza de seu papel, responsabilidades e ações e também para que o time possa se fortalecer ao longo do tempo no alcance dos resultados.
Tenho visto que gestores que criam espaços em sua agenda para reuniões semanais com a equipe para definições maiores e reuniões diárias mais rápidas para acompanhamento, têm avançado bem.
Claro que em cada contexto e perfil da equipe a quantidade e frequência de reuniões pode variar e além disso, é preciso ter o olhar de como ter reuniões realmente produtivas.
2. Aprimore a autogestão para melhorar a execução.
Das definições dos planos para a execução prática é natural que apareçam os desafios internos e externos. Por isso, é preciso ganhar consciência e agir com protagonismo: observe o que tem funcionado bem e o que tem atrapalhado em sua produtividade e, após a observação, efetue mudanças necessárias.
Algumas questões comuns que quando cuidadas refletem em melhorias na execução:
– Organização: como você se organiza em sua rotina? O que precisa melhorar? Como organizar a equipe para um bom fluxo de trabalho?
– Estabelecimento de limites: Que limites você precisa colocar para se concentrar nas entregas? Sem definições prévias para você mesmo e para pessoas próximas, ficará difícil manter o foco em algumas atividades que requerem maior atenção.
– Distrações com a internet: que distrações você precisa remover? Há um excesso de notificações e informações imediatas que tiram sua concentração das entregas? Qual é a forma mais inteligente de lidar com isso?
– Gestão de energia: em que momentos do dia você se sente mais produtivo? Em que momentos do dia a sua produtividade é menor? Que tipo de atividades você pode selecionar para esses diferentes momentos, para ser mais efetivo? Defina o que seria sua rotina ideal e busque criar uma programação ao máximo possível alinhada a ela.
– Gestão das emoções: é possível aprender a se gerenciar emocionalmente. Como você se cuida neste aspecto? Tem conseguido lidar bem com suas emoções no dia a dia?
3. Comunique-se e se posicione: só assim acordos e alinhamentos poderão ser bem feitos.
Se você não disser às pessoas envolvidas em sua rotina aquilo que é importante para fluir bem com o trabalho, frequentemente será interrompido e, por vezes, com algo que poderia se encaixar em uma conversa em momento mais adequado.
Por isso, “combine bem o jogo” tanto com familiares que estejam no mesmo ambiente, quanto com membros da equipe de forma remota.
Deixe claro os momentos em que precisa focar em algo que exija concentração total e faça combinados sobre a programação /agendas.
Se você é gestor, estabeleça as formas de comunicação e como será o fluxo de trabalho entre vocês. Escute sugestões e acolha as ideias construindo o engajamento do time.
Como você se vê nestes três aspectos citados? Perceba quais são suas forças e traga para sua rotina de forma intencional e observe aquilo que se aprimorado trará benefícios práticos.
Algumas mudanças são maiores e precisam de um tempo para se efetivarem, mas tem alguns ajustes que se observados já poderão trazer resultados imediatos. Sucesso!
Se você não tem conseguido avançar sozinho em seu desempenho ou de sua equipe, fale com a gente da R122! Estamos por aqui para facilitar esse processo.
Texto escrito por Patrícia Schuindt, que é Psicóloga e Professional Certified Coach (PCC), credenciada pela ICF (International Coach Federation), e atua em processos de Coaching de Líderes e desenvolvimento de competências. Para falar com a Patrícia: pschuindt@r122.com.br