É comum que, durante a vida, nós tracemos metas a fim de alcançar novas conquistas. No entanto, por vezes, algumas pessoas podem se sentir incapazes de trilhar o caminho idealizado até o objetivo em função dos obstáculos que podem aparecer durante o percurso. São chamadas crenças limitantes.
Crenças limitantes são basicamente pensamentos ou interpretações que você toma como verdadeiros para si, mas que, na realidade, não passam de limitações que podem ser vencidas. Apesar disso, o ato de alimentar tais crenças pode resultar em uma estagnação em relação a um determinado objetivo.
Toda e qualquer forma de crença limitante te induz a pensar dentro da caixa, impedindo a expansão, o avanço e a conquista de novos horizontes.
Por mais que achemos que estamos com as rédeas da situação, que tudo está sob controle, as crenças limitantes acabam nos fazendo reféns de nossos próprios pensamentos. Muitas vezes, elas têm ligações direta com experiências já vividas no passado.
O que nos foi ensinado, uma frase que ouvimos durante a juventude ou até mesmo uma experiência traumática, podem ser fatores que resultaram, em longo prazo, em uma crença limitante que reflete no presente.
Para ilustrarmos na prática um exemplo de crença limitante, imagine comigo o seguinte cenário:
Um jovem tem o sonho de cursar Engenharia. É uma área a qual tem bastante afeição e seu maior objetivo é ser aprovado no vestibular. No entanto, sua experiência escolar revela notas baixas em matemática e um histórico incompatível com o nível dos estudantes que estão disputando o vestibular. Desta maneira, a crença de que é impossível ser aprovado faz com que ele se sinta impotente para realizar a prova e o impeça, for fim, de fazê-la.
Essa é uma crença limitante.
Agora deixemos este cenário hipotético de lado e voltemos a uma outra situação, em que você é o próprio protagonista da história. Quantas foram as vezes em que você se viu desistindo de um determinado projeto em função de uma crença limitante? Faça uma breve análise de seus últimos projetos e responda a si mesmo.
Mas, afinal, por que temos crenças limitantes?
Diversos fatores podem estar relacionados com o surgimento de uma crença limitante. Listamos alguns deles como exemplos. Veja:
Relações sociais:
Família, amigos, colegas de trabalho e todos aqueles que de uma forma geral fazem parte da sua rotina. São grandes participantes do seu dia e, por isso, podem te influenciar no seu dia a dia e no modo com o qual você enxerga a si e ao mundo.
Medo:
O medo é um dos maiores limitadores que podem existir. O receio de arriscar em um novo projeto também pode ser a razão de uma limitação.
Estereótipos:
Uma pesquisa realizada em 2014 aponta que apenas 4% das mulheres no mundo se definem como belas. E esse é um número que assusta.
Essa crença limitante é causada por uma sociedade que impõe diversos estereótipos, inclusive físicos, que supostamente devem ser seguidos. A sensação de estar fora de um determinado padrão também pode ser o motivo pelo qual algumas pessoas são reféns da baixa auto estima.
Tentativas sem sucesso:
Uma causa bem comum para o surgimento de uma crença limitante são as tentativas frustradas de se conseguir fazer ou alcançar um determinado objetivo. Muitas vezes, ao tentar repetidas vezes um mesmo caminho que sempre resulta em nada, algumas pessoas podem se sentir frustradas a ponto de desistirem de tal meta.
Neste caso, é ideal olhar as coisas de um outro ângulo e tentar de maneira diferente.
Como superar uma crença limitante:
Agora que já entendemos um pouco mais sobre o que são as crenças limitantes e como elas podem se originar, é preciso também entender alguns caminhos para vencê-las e se manter motivado a trilhar a estrada rumo a um objetivo.
1- Pense na possibilidade de haver uma crença limitante:
Nessa primeira etapa o recomendado é considerar a possibilidade de haver um problema de fato. Se faça a pergunta: O que eu tenho vontade de fazer que ainda não comecei? E afinal, por que não comecei?
2- Questione-a:
Encontrou onde está a crença limitante? Ok. Agora, ao invés de adotá-la como um item de estimação, questione-a. Não tenha medo de colocá-la contra parede e perguntar a razão de ela existir. Conteste-a.
Questione-se: Mas se eu tenho vontade de fazer, por que devo me importar com esse empecilho?
3- Mude a perspectiva:
Aqui você deve mudar a sua perspectiva em relação ao objetivo que você quer atingir.
Tente olhar as coisas de um novo ângulo. Você se sentia impotente para liderar sua equipe? Faça uma mudança no modo com o qual enxerga as pessoas e busque entendê-las a fim de liderá-las. Se desafie.
4- Coloque a nova perspectiva em prática:
Agora que identificou e mudou sua perspectiva em relação às suas limitações, é hora de colocar um novo ponto de vista em prática. Pegue tudo o que antes servia de limitação, se desafie e arrisque.
A maioria das pessoas não conseguem correr uma estrada justamente porque acreditam que não serão capazes de concluí-la, e deste modo, nem começam.
Nelson Mandela disse que bravo não é quem sente medo. É quem o vence.
Que tal quebrar a crença que te impede de prosseguir e correr a estrada que leva ao seu objetivo?