Se você está em um momento desafiador no trabalho e tem desenvolvido projetos e tarefas que não são simples para você, pode estar experimentado certo nível de tensão, medo e ansiedade. É sobre isso que quero compartilhar nesse texto. Tem um aspecto que considero fundamental que é o seguinte:

Quanto maior o desafio a enfrentar, maior é o suporte que você precisa ter, pensando em se sair bem. E esse se sair bem, tem relação com os resultados e também com o próprio cuidado pessoal.

Tem projetos em que nos envolvemos, que já dominamos a maioria das tarefas e desafios. Aquilo já está mais no automático, é mais simples e não gera aquela dose de medo e tensão. Você simplesmente vai e faz. É como quando você já dirige há muito tempo: você entra no carro e vai tranquilamente. Tem muitas ações que você faz enquanto dirige, que com a experiência, nem percebe que está fazendo. Diferente de quando estamos aprendendo a dirigir, não é mesmo? Eu lembro como se fosse hoje quando comecei a aprender a dirigir. Quantas ações a executar, que precisariam ser coordenadas…Sair na rua dirigindo, então, aquele “frio na barriga” e muita concentração!

Todos nós temos as tarefas e projetos que em dado momento são mais desafiadores, exigem uma baita concentração, raciocínio e reflexão para conseguir executar. Essas ações mais complexas para nós, podem gerar certa dose de tensão, justamente porque é um processo de aprendizagem. Faz parte o “frio na barriga”, pensando em processos de crescimento.

Agora, o como você passa por esse desenvolvimento e o nível de tensão, medo e ansiedade, são pontos importantes a se observar: tem gente que vai muito sozinho…E a um custo muito grande de desgaste emocional ou mesmo da velocidade da aprendizagem.

Colocar um bebê de poucos meses em pé, e soltá-lo esperando que firme suas pernas e saia por aí andando, não é uma boa ideia. Certamente, isso é óbvio para você. Existe uma sequência natural, que leva meses, de fortalecimento das perninhas, sustentação do tronco, início da movimentação, ficar em pé sozinho, encorajamento e apoio dos pais, e por aí vai…É todo um processo envolvido. Olhando assim é fácil visualizar a importância da estrutura x o suporte, certo? Ocorre que algumas pessoas vão para desafios gigantes, como esse bebê que não estaria preparado, sem passar pelo processo, e seguem sem ajuda…O que quero deixar como mensagem aqui é justamente a importância de entender e passar pelos processos, construir, ter suporte.

Fica a pergunta: que estrutura de suporte você tem estabelecido para lidar melhor com situações e projetos desafiadores?

Pense e pare para analisar.

Escreva o que você faz hoje e classifique por nível de dificuldade / complexidade para você, de 0 a 5. O que você percebe? Quais dessas atividades geram uma tensão maior ao realizá-las? Que nível de tensão e estresse você tem encontrado em seu dia a dia, de 0 a 10?

Se você identificou que as dificuldades e complexidades são altas, pense: que estruturas você pode criar?

Será que é momento de procurar um mentor? Que é alguém que entende muito do que você está fazendo, e que tem informações e experiências na área, para te ajudar a se desenvolver?

Será que é momento de fazer um curso? Falar com pessoas da área? Participar de algum grupo sobre o assunto? Compartilhar com amigos?

Será que é momento de procurar suporte de um Psicoterapeuta? Para te apoiar em suas questões de saúde mental e emocional?

Será que é momento de procurar um Coach para te apoiar facilitando reflexões, tomadas de decisões e ações?

(Quanto a esses dois últimos, ambos podem facilitar o autoconhecimento e transformações, mas com abordagens, focos e profundidade diferentes. Cabe conhecer e avaliar em seu caso, qual pode ser mais adequado. E em casos em que for possível e necessário, não são métodos excludentes, mas sim complementares).

Tem tantas coisas que podemos fazer para criar uma rede de suporte a fim de passar melhor pelos processos…E o primeiro passo é admitir que é hora de buscar algum tipo de suporte. Que é momento de se abrir e deixar de caminhar sozinho, realizando tarefas difíceis a qualquer custo…

E, para você, que é novo líder, pare para pensar sobre isso com relação a você, mas também pense sobre sua equipe.

Cada pessoa encontrará seu projeto e tarefa desafiadores. Como líder, é seu papel também oferecer o suporte possível. Converse com as pessoas sobre suas tarefas e pergunte a elas quais tem sido projetos e tarefas mais desafiadores. Pergunte o que seria um suporte adequado, que gostariam de receber. Claro que em determinadas situações, não será possível realizar exatamente tudo que será exposto.

Mas acolha, compreenda, escute. E busque meios de atender aquilo que for importante, sempre alinhando e demonstrando seu real interesse em apoiar. Ao fazer isso, por entender essa equação do desafio x suporte, você já estará contribuindo para que o outro não caminhe sozinho. Em muitas situações, oferecer escuta e verdadeiro interesse em apoiar, pode fazer diferença.

Pense, então, em você e em seu contexto: como criar esse ambiente de suporte e colaboração, para equilibrar melhor com os desafios a serem enfrentados?

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