Essa é uma pergunta que li num livro de liderança e que conecta com o trabalho que temos desenvolvido há alguns anos, então resolvi trazê-la para que você também possa refletir um pouco sobre isso.

Imagine também que você entrou na faculdade e no primeiro dia de aula, os professores te informam que você começa o ano com nota 10 em todas as matérias.

Qual seria o seu resultado ao final do ano?

A pergunta que abre o post e a ideia da nota dez estimula em nossa mente uma série de possibilidades novas que muitas vezes não paramos para pensar.

Pense nessas questões e faça uma comparação com uma conversa sobre o que está errado com você e o que precisa fazer para se corrigir.

Conforme explica Dr. David Rock, co-fundador do Neuroleadership Institute, que reúne neurocientistas e especialistas em liderança, quando nosso foco está naquilo que é errado ou ruim, nosso cérebro ativa o que ele chama de o princípio da organização do cérebro, ou seja, ele detecta o ruim ou errado como ameaça e a resposta é imediatamente de afastamento, desencadeando emoções e reações negativas como: incerteza, insegurança, visão estreita e muitas vezes até desistência.

Para o cérebro o ruim é sempre mais forte do que o bom.

Do contrário, quando o cérebro está diante de um cenário que ele identifica como recompensa, automaticamente nossa resposta é de aproximação e a nossa reação é de interesse, engajamento, visão macro e novas ideias.

Então quando estamos focados naquilo que é ruim, limitamos ou até bloqueamos os nossos pensamentos, o que reduz consideravelmente nossas possibilidades de encontrar soluções ou até mesmo de criar algo novo.

A pergunta sobre a sua vida perfeita impacta seu cérebro de forma positiva quando você se concentra na visão, em sonhos, e não nas fraquezas ou naquilo que não deu certo.

Em nosso processo de coaching fundamentado na neurociência nós podemos experimentar exatamente esse resultado quando ajudamos as pessoas focarem naquilo que é bom e no que elas podem alcançar.

Nesse cenário as pessoas ativam emoções positivas, aumentam sua atenção nas possibilidades e são empoderadas a buscar um futuro melhor.

E são esses circuitos cerebrais que liberam em nosso organismo a dopamina que provoca a sensação de bem estar e que nos mantém dando pequenos passos em direção a um objetivo maior.

Isso também me faz lembrar algumas conversas de coaching que tive com clientes que estavam trabalhando o desenvolvimento da competência de liderança e que após essa autodescoberta começaram a aplicar também uma nova abordagem de liderança com sua equipe, iniciando por exemplo conversas para entender os sonhos das pessoas e o que seria necessário para concretizá-los. O resultado foi a construção de uma relação mais próxima, mais parceira e um aumento na produtividade e no desempenho desses liderados.

Em suma, focar mais nas esperanças e sonhos ajuda o nosso cérebro a expandir para novos caminhos.

Portanto, pare por um momento e pense você mesmo sobre essas questões e veja o quanto isso pode ser motivador no cenário que você vive.

E se você é líder ou gestor que tal começar a pensar numa nova abordagem com sua equipe?

Deixe seu comentário aqui e nos ajude também a encontrar novas possibilidades.

Graziela Teixeira | Coach

gmotta@r122coaching.com.br

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