Num dos processos de coaching que estou trabalhando e que o objetivo está ligado a competência da liderança, a cliente identificou que uma das habilidades que ela precisava desenvolver era a escuta.

Antes de entrar nesse caso específico, quero te convidar por um momento a refletir nessa questão que chamaremos de: escuta ativa.

No mundo do Whats App, Spotify, Periscope, Facebook, e etc somos encorajados a cada vez mais nos manter conectados e ouvir menos, ou melhor, parar para escutar as pessoas. E isso tem se tornado uma marca dessa geração.

Por exemplo, qual foi a última vez que você parou para escutar alguém ativamente?

Ou, qual foi a última vez que alguém parou para te escutar ativamente?

Se você parar agora para pensar nisso, talvez descubra que nem sabe qual foi a última vez que isso aconteceu com você, em qualquer uma das situações.

Isso é grave!

Parece simples e pouco importante, mas veja o que uma escuta ativa provocou e resultou na vida dessa cliente que mencionei no início do post. Frase dela:

“Fazer o exercício de escuta ativa foi incrível! Fiz com pessoas de vários contextos que atuo, família, trabalho, igreja. E todos tiveram um impacto enorme.

Num deles, percebi que ao ser escutada ativamente, a pessoa se sentiu mais segura, pensava melhor antes de trazer um comentário ou uma resposta. Seu nível de autoconsciência aumentou. E o mais fantástico foi que essa pessoa em específico, sempre me procurava para que eu dissesse o que ela deveria fazer em qualquer situação. Uma pessoa insegura. Mas depois que simplesmente comecei a escutá-la e nos momentos certos apenas perguntar o que ela poderia fazer, o comportamento mudou radicalmente começando pela autoconfiança.

Na segunda vez que nos encontramos, ao invés de vir me perguntar, ela disse: “Fiz isso e aquilo, resolvi isso e aquilo e estou muito feliz pois descobri que sou capaz de resolver as coisas sozinha. Muito obrigada por me escutar”!

Depois perguntei a ela: “E o que mudou para você como líder”?

Ela disse: “Tudo! Escutando, passei a perguntar mais do que direcionar, e só o escutar faz a pessoa encontrar respostas por si só…

Estou deixando as pessoas experimentarem mais as situações, assumirem mais as coisas, inclusive suas dificuldades. Eu não fico dando minha opinião. E as pessoas se empoderam, amadurecem e assumem suas próprias responsabilidades… e eu? Eu tiro um peso das minhas costas que não é meu”.

Esse é apenas um pedaço de uma história a respeito do que uma escuta ativa pode provocar nas pessoas.

Nancy Klein fez um trabalho de escuta ativa com um time de gerentes sêniores de uma corporação e o resultado foi de economia de tempo em 62%, ou 2034 horas de gestão por ano. (Time to Think: listening to ignite the human mind)

E você? Que tal retomar ou começar a praticar hoje a escuta ativa?

Que tal nos ajudar na era dos conectados 24hs a fortalecer valores tão importantes que nos ajudam como sociedade a manter as relações mais produtivas e saudáveis?!

Quem você pode parar para escutar hoje? Quem você pode empoderar hoje?

Compartilhe aqui conosco seus insights, suas experiências e vamos juntos influenciar esse mundo para melhor!

Conto com você!

Grazi Teixeira

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