Começo esse texto com três perguntas: 1. O que é integralidade para você? 2. Qual sua definição de liderança? 3. Quanto você acredita que, para alguém ser líder, é necessário ser também integral?

A integralidade (de integral, ou integralis em latim), segundo o dicionário, é a reunião de todas as partes que formam um todo; totalidade, completude. Já pensando sobre liderança, há vários conceitos e definições encontrados na literatura e nas principais referências ao tema. Alguns a definem como uma habilidade, outros como um estado, outros como uma ação, ou ainda como um processo, entre outros.

Falando sobre a integralidade do líder, enquanto há muitas pessoas que hoje já enxergam dessa forma, há ainda quem olhe a liderança como ‘blocos separados da vida’, o que impacta em diferentes formas de ser e pensar em ambientes distintos.

Como nós na R122 vemos e trabalhamos a liderança? Entendemos que a liderança é uma macro-habilidade complexa e que pode ser continuamente desenvolvida e aprimorada, com especial atenção ao respeito pelo ‘formato’ da pessoa. Como uma macro-habilidade, ela é composta de muitas micro-habilidades, tais como visão, comunicação, autoconhecimento, autogerenciamento, empatia, negociação, tomada de decisão, entre tantas outras. A combinação entre essas micro-habilidades e a maneira própria com que se manifestarão demonstrará o estilo de liderança de alguém, bem como sua capacidade a se adaptar a diferentes estilos quando for necessário.

Outra coisa que entendemos é que somos únicos e temos ‘formatos’ muito próprios, como peças de um grande quebra-cabeça. E, nessa individualidade, por mais que nosso cérebro faça conexões e ative aspectos diferentes em diferentes lugares, ele não deixa de ‘saber algo’ em um lugar que sabe em outro… não ‘sabe uma habilidade aqui, mas não sabe ali’… ou ele já aprendeu, ou ainda não aprendeu, ou está em processo de aprendizado. O fato é que ele é um só…. ou seja, integral.

Também é fato que nossos valores são os mesmos em qualquer lugar. Podemos até agir contra o que acreditamos quando somos influenciados ou quando sucumbimos ao sentimento de ameaça, mas se pararmos para refletir de maneira honesta veremos que estamos indo contra o que acreditamos nessas situações. Aliás, esse nível de honestidade é muito importante para identificar o nível de maturidade e o caráter do líder.

Ok… a liderança é então integral… mas… um líder integral nasce pronto? Pessoas nascem integrais, mas não nascem prontas!

Apesar de os cérebros já nascerem com características muito próprias, impactando em capacidades mais naturais de cada um, o fato é que há duas premissas principais à formação de qualquer líder (ou desenvolvimento do ser humano): 1. Pessoas em bom estado de saúde mental são passíveis de desenvolver qualquer coisa. 2. Nem tudo vale a pena investir para desenvolver, já que é mais inteligente e eficaz utilizar o que temos pra chegar onde queremos (é o conceito da ‘Corrida Maluca’ – clique para ver nosso vídeo introdutório ao blog).

Considerando que todo líder é integral (uma pessoa só), com características próprias, vemos que a formação desse líder é um processo que envolve todos os aspectos de sua vida e nunca terminará… enquanto ele quiser, claro. E, portanto, compartilhamos alguns passos que trabalhamos em processos de desenvolvimento de lideranças integrais, o que chamamos Coaching de Liderança:

  1. Importante primeiro fazer um primeiro diagnóstico das 10 principais competências que o líder deseja ter muito bem desenvolvidas.
  2. Depois, deve-se estabelecer uma visão de quando essas competências forem desenvolvidas, inclusive com tempo possível e ordem de prioridade entre elas, lembrando que o desenvolvimento de cada competência impacta as demais, pois somos integrais.
  3. O próximo passo é ‘encostar’ essa lista feita até então e dar um passo para trás para ver o líder como o ser integral que é. A ideia é trabalhar com:
  1. Tendo trabalhado em pontos tão profundos e importantes, o próximo passo é identificar os principais aprendizados e hábitos a serem reforçados, definindo os planos para que isso aconteça.
  2. Agora que o líder já foi trabalhado em diversos aspectos, é hora de retomar aquela lista de competências e fazer uma nova avaliação – O que avançou? O que não avançou? Qual a nova lista de competências e a prioridade a ser trabalhada?
  3. Uma vez que esse realinhamento for feito (e com certeza será diferente do primeiro momento), é hora de começar a avançar competência por competência, sempre fazendo um trabalho que envolve ‘onde estou’, ‘onde quero chegar’, ‘o que preciso aprender e fazer para chegar lá’. E, claro, o avanço deverá sempre ser de forma AIR (atenção, intenção e retroalimentação).

Um processo como esse não acontece da noite para o dia e pode ser desenrolado ao longo de um tempo específico, com marcos de avanço em cada ponto estabelecido aqui.

Sim, ter um suporte para passar por um processo como esse é sempre positivo, mas também é possível que você consiga fazer individualmente, talvez compartilhando seus achados e prestando contas para alguém que confia e que esteja disposto a verdadeiramente escutá-lo enquanto caminha adiante. Seja lá como for, sempre valerá a pena!

Para finalizar, deixo o depoimento de um cliente que passou por esse processo. Espero que o inspire a investir em seu próprio desenvolvimento como líder integral!

“Meu desenvolvimento de carreira aconteceu de forma muito rápida e me colocou em uma posição de enorme responsabilidade cedo e ainda com pouca experiência. Neste contexto, busquei o Coaching de Liderança da R122 como um instrumento para me ajudar a aprimorar e consolidar a minha liderança, bem como para me preparar para os próximos desafios de carreira.

O processo foi totalmente customizado e conduzido de forma a atender às minhas necessidades. Ao longo do trabalho, navegamos pelas várias dimensões da liderança, gerando insights valiosos sobre o meu funcionamento, sobre as pessoas ao meu redor e sobre nossas relações.

Aprendi a estar constantemente atento em relação ao meu funcionamento e a questionar as razões pelas quais faço o que faço. Tive minhas crenças identificadas e desafiadas e fui colocado fora da minha zona de conforto diversas vezes.

Exploramos formas para enfrentar os desafios das conversas difíceis, discutimos o impacto e formas de trabalhar a motivação e debatemos frequentemente sobre a importância – quase sempre subestimada – de comunicar. Iniciamos o processo focando no meu desenvolvimento como líder e, ao final, já estávamos discutindo formas de desenvolver pessoas do meu time para que elas pudessem fazer o mesmo com os seus colaboradores.

Tenho certeza de que o resultado alcançado vai muito além daquilo que conquistamos durante o processo. A mudança de mindset ocorrida neste período vai continuar gerando novas descobertas e melhores decisões no futuro, com um impacto inestimável para a minha carreira e para as pessoas ao meu redor.”

CFO de organização investida pelo Pátria Investimentos

É isso aí.

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