Trabalho com um executivo que é fera em fazer analogias.

Pensávamos juntos sobre como motivar uma equipe num momento de crise e falta de perspectivas e ele me dizia que havia chegado a duas conclusões.

A primeira era que, como gestor, há uma parte da motivação da equipe que compete a ele, mas há outra que depende de seus colaboradores. Ou seja, podemos influenciar a motivação das pessoas, mas elas são as grandes responsáveis por quererem se motivar e se manter assim… aliás, esse é um bom divisor entre os profissionais bons e os excelentes.

A segunda coisa que me disse é que uma forma de motivar a equipe seria fazer com que entendessem que, enquanto não há perspectiva real de crescimento, eles podem escolher se revoltar e estacionar, ou continuar se capacitando e fazendo valer ao máximo o aprendizado e desenvolvimento que resulta de um trabalho feito com dedicação.

Uma analogia interessante que fez foi: “Parar de buscar o autocrescimento em situações adversas é como parar de passar antisséptico num corte que não sara logo. O maior prejudicado é a própria pessoa”

A reflexão desse cliente foi realmente importante. O que ele me disse é que, quando não se pode ter exatamente o que queremos não devemos desistir e, pelo contrário, devemos tentar ser mais “Polianas” e buscar extrair o máximo da situação. Concordo 100%. Podemos escolher no que queremos focar nossa energia e, dessa forma, influenciar todo nosso funcionamento e otimizar oportunidades – ajudamos nosso cérebro a funcionar melhor.

Se você hoje vive uma situação contrária ao que desejava, ou gostaria de atingir objetivos e há questões que estão além de seu controle ou influência, você pode reclamar, se encostar, focar no que é ruim, ou pode usar o que tem e continuar aprendendo, crescendo e incrementando quem você é e do que você é capaz, preparando-se para as oportunidades que surgirem no futuro.

É mais ou menos como a história da Cigarra e a Formiga, de La Fontaine: a cigarra não se preparou para a mudança de estação, enquanto a formiga sim…

Sabe, a vida nos apresentará muitas situações adversas e haverá mudanças de estação. Não há dúvida disso. Pode ser uma pessoa que o prejudica, uma situação econômica, uma questão política ou judicial… e quando essas coisas acontecerem, o que você fará? Vai ficar reclamando, ou tentará extrair o máximo que puder daquela situação, aprendendo e se capacitando para responder às estações que vierem no futuro?

Ou, como diria aquele ditado: Se a vida lhe dá limões, bom… faça limonada!

É isso aí.

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