Por Patrícia Schuindt

Um jovem se preparava para um teste importante para ele e conforme a data ia se aproximando, mais o nervosismo tomava conta. O desespero começou a bater à porta: “será que vou conseguir me sair bem? Será que vou conseguir?”.

Após um tempo de reflexão, ele chegou à conclusão de que precisava acreditar mais em seu potencial de ser aprovado, após tanta dedicação “É por ali que eu tenho que passar e ali que quero fazer o meu melhor”. E do que precisaria para fazer o seu melhor? “Estar ali de corpo e alma”, disse ele.

Essa mudança de foco de “será que vou conseguir me sair bem” para o foco de “mergulhar no momento e no que poderia fazer de melhor”, foi poderosa, pois quanto mais presente e conectado ao momento que se vive, maior a chance daquilo ser bem feito.

“A nossa capacidade de atenção determina o nível de competência com que realizamos determinada tarefa” (Daniel Goleman, no livro “Foco”, pág. 25).

Se ele ficasse pensando no que poderia dar errado, sua concentração estaria prejudicada e a atenção dividida – ao invés de mergulhar no momento e em fazer o seu melhor, poderia mergulhar nas incertezas, inseguranças, ansiedade, o que poderia trazer um impacto negativo em seu desempenho.

Para momentos desafiadores, nada melhor que o preparo consistente (estudos, práticas, treino), pois assim, o nosso cérebro constrói uma rede de caminhos e incorpora aquilo; mas “na hora do jogo” é simplesmente jogar. É como dizer: “deixe seu cérebro trabalhar automaticamente por você. O esforço consciente e intencional você já fez, deixe fluir o preparo anterior”.

Goleman cita no mesmo livro: “O córtex motor, que num atleta experiente tem esses movimentos profundamente gravados em seus circuitos graças a milhares de horas de treino, funciona melhor quando funciona sozinho. Quando o córtex pré-frontal é ativado e começamos a pensar em como estamos nos saindo – ou pior, em como fazer o que estamos fazendo, o cérebro entrega parte do controle a circuitos que sabem pensar e se preocupar, mas não sabem como realizar o movimento em si. Seja nos 100 metros, no futebol ou no beisebol, esta é uma receita universal para tropeçar (Daniel Goleman, no livro “Foco”, pág. 36).

Mais pra frente o autor explica que isso acontece para outras atividades em nossa vida. Ou seja, para evitar “tropeços” como ele cita, é preciso se preparar, manter-se concentrado e ao mesmo tempo deixar fluir tudo que foi aprendido até ali.

Lembre-se também de trazer à mente aquilo que te dá confiança e segurança, pois assim, as ações serão mais inteligentes e eficientes.

No que você acha precisa se desenvolver mais – em sua preparação ou no autogerenciamento de suas emoções em momentos de pressão? Comece hoje a buscar seu desenvolvimento!

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