Hoje a reflexão que trago tem relação com comunicação e gestão de tempo.

Temos um treinamento que se chama Comunicação que Transforma e estou para lançar um livro com o mesmo tema. Dentre as premissas iniciais desse treinamento trazemos dados que mostram que a comunicação é um fator tão importante que chega a ter impacto até mesmo sobre o retorno que os investidores percebem num negócio. Ou seja, está longe de ser papo de abraçar árvore.

E falar em comunicação é pensar em algo que tem o poder de impulsionar relações, alianças e produtividade, ou gerar confusões enormes, seja pela comunicação malfeita, ou mesmo a falta dela. E, de tantos fatores que o tema pode afetar, um deles é a gestão de tempo. Explico.

Quando falamos em gestão de tempo, falamos em eficiência, ou seja, fazer mais com menos recursos, ou usar menos recursos para fazer mais. Gerir bem nosso tempo significa otimizar as horas que temos para realizar mais, e se possível com menor gasto de energia. Isso muitas vezes representará a criação de controles diversos, tais como o controle de agenda, do tempo em reuniões, do tempo e forma das interações com pessoas….

Só que esse controle pode nos levar a ‘perder a mão’ às vezes, eventualmente resultando em sermos rudes ou até mesmo mal-educados com as pessoas, o que por sua vez impactará negativamente nas alianças e até mesmo na produtividade… quando é justamente isso que estamos tentando melhorar.

Bom, então, qual a resposta?

A resposta é cuidar da comunicação! E para isso compartilho algumas dicas:

1) Posicionamento:

Posicione as pessoas sobre seu momento, sobre a forma com que está pensando gerenciar aquela interação, sobre sua agenda, suas demandas… Inclusive, se você achar que cabe, posicione a pessoa sobre suas preocupações e dificuldades para gerar empatia.

Quando o cérebro entende o que se passa no ambiente e percebe que não há potenciais ameaças ele tende a se acalmar e ficar mais receptivo ao que vem pela frente.

2) Permissão:

Peça licença para ser mais breve, mais objetivo. Peça permissão do outro para que você gerencie a conversa/interação/reunião dentro de um tempo e/ou de uma pauta específica.

Ao pedir permissão a pessoa se sentirá respeitada, o que o cérebro vê como uma recompensa. Isso aumentará a chance de boas reações e respostas do outro, aumentando também o possível fortalecimento da relação.

3) Generosidade:

Seja gentil e generoso na forma com que fala com o outro. Cuide do tom, do ritmo e mesmo das palavras. Cuide, também, de perceber o outro e dar importância ao que ele fala.

Aqui vale a mesma premissa do ponto anterior. Ao se sentir respeitado e escutado, o cérebro entende que não existe uma ameaça ao status da pessoa; pelo contrário, há uma situação de recompensa. Com isso há maior abertura à relação e à aliança – o que por sua vez impacta na própria produtividade.

4) Conteúdo:

Seja conciso (poucas palavras) e preciso (palavras que digam o que você pretende comunicar) e convide as pessoas a testarem o mesmo.

Um cérebro com menos informações tem mais energia para processar o que está recebendo, fazendo conexões com os registros já existentes e consolidando novos dados. Se numa interação consigo registrar e processar melhor o que o outro diz e percebo os ganhos, igualmente o cérebro perceberá uma situação de recompensa pela frente e haverá maior fluidez na relação e na produtividade.

Claro que essas são algumas poucas dicas sobre comunicação, mas com certeza poderão ser grandes aliados na sua gestão de tempo… ao mesmo tempo em que você cuida dos relacionamentos e da produtividade que deles decorre.

Teste algumas delas nos próximos dias e veja os resultados.

É isso aí.

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