Você conhece alguém que é tão autoconfiante que até parece ter nascido assim?

Com certeza sim e eu também.

Mas a verdade é que ninguém nasce autoconfiante. A autoconfiança é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida.

Para te ajudar a pensar um pouco mais sobre isso, separei 3 pontos importantes e 3 dicas práticas que podem fazer com que a sua autoconfiança seja maior em 2019.

**Ponto 1: Observe seus pensamentos

Existe um provérbio milenar ensinado por um rei muito sábio que diz: “Assim como o homem pensa, assim ele é”.

Ou seja, nossos pensamentos determinam como vamos agir e consequentemente o resultado que vamos ter.

Há duas histórias que eu gosto e que ilustram bem esse ensinamento, veja.

“Havia um povo que viajava em direção a uma terra que era de direito deles, mas que estava sob o domínio de outras pessoas. Quando estavam prestes a entrar na terra, seu líder separou 12 soldados e pediu que fossem à frente espiar a terra afim de se prepararem para a tomada da mesma.

Mas ao chegarem lá se depararam com um exército de gigantes.

Quando voltaram ao seu líder, dez dos doze soldados estavam apavorados. A descrição que fizeram foi: “Encontramos lá gigantes, e perto deles nós nos sentimos tão pequenos como gafanhotos”. Ou seja, a visão que tinham de si mesmos é que não seriam capazes de vencer, por isso preferiram não enfrentar. Em contrapartida, os outros dois que cultivavam pensamentos diferentes sobre si mesmos, falaram: “Vamos atacar agora e conquistar a terra deles; nós somos fortes e vamos conseguir isso!”. Eles acreditavam que eram fortes e por isso tinham coragem para seguir em frente.

Veja que os pensamentos de cada grupo a respeito de si definiam o quanto eles se sentiam confiantes ou não para enfrentar aquele desafio que por sinal era deles por direito.

Outro exemplo é a do atleta britânico Roger Bannister que no verão de 1952 quebrou um recorde mundial por correr uma milha em menos de quatro minutos. Antes dele conseguir isso, esportistas e especialistas achavam que correr uma milha em menos de quatro minutos era impossível – mas adivinhe?

Uma vez que Bannister fez isso, levou apenas 46 dias para alguém bater seu tempo e estabelecer um novo recorde! Desde então, muitos quebraram o recorde e na verdade tiraram 17 segundos da milha mais rápida.

Então, o que aconteceu de fato em 1952, que mudou o que parecia impossível de conseguir?

Na verdade nenhum fator externo havia mudado. A forma como ele treinou não era nem única e nem mais revolucionária do que qualquer outra pessoa estava fazendo. A única diferença era que Bannister se concentrou em superar o que descreveu como uma “barreira psicológica”. Ele disse: “É o cérebro, não o coração ou os pulmões que é o órgão crítico”.

Portanto uma vez que a crença sobre ser impossível foi removida, outros se sentiram confiantes de que eles também poderiam bater e até superar o recorde alcançado.

Roger redefiniu “impossível” por pura força de vontade.

Agora pense sobre a sua vida. Quais pensamentos são mais predominantes no seu dia a dia e diante dos seus objetivos?

Você cultiva pensamentos que te trazem uma visão mais otimista e mais realista sobre você e as situações que vivencia?

Pense sobre isso e o que poderia melhorar nesse aspecto.

E não se esqueça que os pensamentos que você cultivar vão afetar positivamente ou negativamente sua autoconfiança.

**Ponto 2: Observe suas palavras

Quer você perceba ou não, as palavras que você fala moldam suas crenças sobre você e sobre o que os outros acreditam sobre você, principalmente se você as repete constantemente.

Assim como aquilo que pensamos, da mesma forma declarar “verdades” sobre nós também contribui para formar crenças e podemos nos tornar aquilo que dizemos.

Por exemplo, você já se pegou em situações simples como essas mas que dizem muito de como nos vemos e nos sentimos?!

– Alguém chega pra você e diz: “Nossa como você está ótima, adorei seu vestido!”

– E você responde: “Ah imagina, é velho, comprei numa liquidação e etc…”

Ou, “Como você faz isso bem! Parabéns!”

E você responde: “Eu, não, nem sei como isso deu certo.”

Então eu te pergunto, porque a maioria das nossas respostas está sempre em oposição as coisas boas que as pessoas nos falam?

Já reparou como somos nossos priores críticos?!

Claro que naturalmente queremos nos manter humildes, por isso muitas vezes respondemos dessa forma. Mas veja a diferença entre ser humilde e aprender a receber elogios e reconhecimentos nesse pensamento de Rick Warren em seu livro Uma vida com propósitos, “A humildade não é pensar menos de você mesmo, mas pensar menos em si mesmo”.

Pare um momento e reflita sobre isso.

Outro exemplo é quando pedimos desculpas quando não há motivos pra isso.

Estudos mostram que as mulheres são mais propensas do que os homens a se desculparem por coisas triviais. O problema é que enquanto estamos pedindo desculpas o tempo todo, podemos passar a impressão de que somos inseguros, quando na verdade não somos.

E quer percebamos ou não, as palavras que falamos formam nossas crenças e também o que os outros acreditam sobre nós.

Por isso fique atento as palavras que você normalmente usa e que podem estar prejudicando sua autoconfiança.

**Ponto 3: Observe sua linguagem corporal

Sua linguagem corporal “pode mudar significativamente o resultado de sua vida.” – diz Amy Cuddy

A psicóloga social Amy Cuddy explica como os animais expressam poder e domínio quando se sentem confiantes. Eles se esticam, ficam maiores e literalmente ocupam mais espaço. Mas quando um animal se sente impotente, eles fazem o oposto: se contraem e se tornam pequenos.

“Nós humanos fazemos a mesma coisa”, diz Amy. “Nos fechamos e nos diminuímos quando nos sentimos impotentes”.

Em sua pesquisa, ela descobriu que pessoas confiantes (assim como animais) têm níveis mais altos de testosterona. Então ela conduziu experimentos para ver se as pessoas poderiam fazer com que seus níveis de testosterona aumentassem simplesmente exibindo uma “pose de alta potência” – basicamente, tornando-se maiores em vez de menores (a pose da “mulher maravilha”).

Pense nos ombros para trás, braços e pernas relaxados, confiantes em seu espaço. Eles mantiveram essa postura por apenas dois minutos.

Quais foram os resultados?

Depois de apenas dois minutos de ficar nessa postura, os níveis de testosterona dos participantes aumentaram em 20% pelo simples fato de mudarem sua postura.

Todos nós já ouvimos a frase “tente até você conseguir”, e este é um ótimo exemplo de como você pode fazer isso através da linguagem corporal. Se você quer cultivar a confiança, mude sua mente, mude suas palavras e mude sua linguagem corporal.

E pra finalizar, veja abaixo três dicas simples e práticas de trabalhar seu mindset pra ficar mais confiante:

1) Tenha confiança em você mesmo Você pode errar, falhar. Alguém pode discordar de você, mas nem por isso você é um fracasso ou precisa se deixar abalar por essas coisas. Por exemplo, imagine que você está numa reunião com seus pares e você apresenta ideias ou sugestões que não são acatadas, ou sua visão é diferente dos demais. Não deixe com que essas coisas abalem sua identidade e confiança. Aprenda a separar as coisas e não encare isso pensando que as pessoas não gostam de você ou que suas ideias são sempre ruins. Apenas, naquele momento talvez elas não se encaixaram com o restante. Quando você sabe quem é e está seguro em sua identidade, você fica mais disposto a falar, correr riscos e experimentar coisas novas! A autoconfiança é saber que, se não for bem, isso não muda quem você é. Quando você se sente seguro em sua identidade as pessoas ao seu redor percebem. E eles vão gostar mais de você e respeitar você por isso.

2) Busque ajuda e tenha pessoas autoconfiantes por perto Graças a Deus não temos todas as respostas do mundo e nem fomos criados pra andar sozinhos. Existem conexões que são fundamentais para o nosso desenvolvimento. Ter um mentor, um líder que pode te ajudar a encontrar caminhos e respostas faz toda a diferença.Busque e tenha relações duradouras com pessoas sérias, e que te inspiram a ser confiantes e melhores. Pessoas que você pode ser vulnerável e buscar ajuda sempre que for preciso, além de aprender por caminhar com elas. Relações saudáveis nos ajudam em muito a amadurecer e sermos melhores.

3) Busque experiências Nada desenvolve mais a habilidade da confiança do que experiências.Fazer cursos, estudar é fundamental, mas conectar a experiência com tudo isso pode de fato desenvolver suas habilidades. Costumo dizer que toda oportunidade, mesmo que ainda não seja o lugar ideal que você gostaria de estar, te trazem experiências valiosíssimas e necessárias pra construir a estrutura intelectual, emocional e até espiritual que você vai precisar pra sustentar tudo que deseja viver e alcançar. Depois que você faz a coisa uma vez, como conduzir uma reunião, escrever seu primeiro artigo, conquistar seu primeiro cliente, sua confiança e sua capacidade de fazer essas coisas aumentam.

Cada pequeno desafio que você enfrenta e supera, aumentam sua autoconfiança.

Por isso estabeleça desafios e observe como você se sente ao conseguir vencê-los.

Enfim, de tudo que falamos espero que você saia desta reflexão mais leve e convicto de que não importa sua condição social, o lugar que você nasceu, ou o diploma que você tem ou não, você pode desenvolver com treino e intencionalidade a sua autoconfiança.

Você quer ajudar outros a serem mais confiantes?

Compartilhe esse post com eles e os ajude a avançar! Até o próximo!

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