Sabe quando você quer fazer algo e parece ter toda resposta necessária para avançar, mas tem algo que não te deixa colocar em prática? Daí algo que parece já fazer sentido se ‘arrasta’ durante um mês, um semestre, um ano… e às vezes até mais?

Pois é. Hoje vamos falar um pouco sobre o funcionamento do nosso cérebro com relação a aspectos racionais, emocionais e intuitivos e quanto é importante conhecer isso pra que possamos nos gerenciar melhor e reduzir esses conflitos, gerar melhores soluções e aumentar produtividade e satisfação – que no final das contas é o que realmente importa, não é?

Conversava com um cliente que me contava a respeito de uma situação interna que envolve pessoas, a qual tem se ‘arrastado’ por algum tempo. Nessa situação ele sempre se vê no meio de conflitos, tendo de apaziguar e negociar e, embora pareça ter clareza do que precisa fazer há muito tempo, a questão não avança e permanece demandando de seu tempo, foco, produtividade e, porque não dizer, da própria saúde.

O que percebemos é que até olharmos para o problema de uma forma mais ampla, meu cliente vinha lidando com ele somente de forma racional, quando para ele o assunto envolvido tinha um peso emocional muito grande e isso vinha sendo negligenciado. A partir do momento que entendeu a importância de se administrar também a questão emocional, conseguiu pensar em novas estratégias e de fato começar um avanço diferente para resolver definitivamente a situação, e não apenas tratá-la de forma paliativa, como há muito vinha acontecendo.

Dessa experiência surgiu o aprendizado que compartilho nesse texto com você – de que é importante considerar não apenas os aspectos racionais envolvidos nas situações, mas também os emocionais e mesmo intuitivos; caso contrário, teremos apenas parte dos elementos necessários ao desenho de estratégias realmente abrangentes e eficazes.

Aliás, falando um pouco sobre a intuição, como já mencionamos em materiais anteriores, ela não tem qualquer relação com misticismo ou coisas inexplicáveis. Pelo contrário, a intuição nasce do circuito ascendente do nosso cérebro, que está o tempo todo captando informações e gerando registros inconscientes que nos ajudam a interpretar e filtrar de forma intuitiva as novas experiências que encontramos ao longo da vida (saiba mais sobre esse circuito em outros materiais de nosso blog, ou acesse o EAD Princípios da Liderança Eficaz – hotm.art/neurolideranca)

Voltando à tríade razão – emoção – intuição, o que expliquei para meu cliente foi um pouco a respeito de nosso cérebro e o fato de que ele vai formando, ao longo da vida, vários mapas, circuitos ou conexões neurais a partir das experiências que temos, aquilo no que investimos, as emoções que sentimos com as diferentes situações, entre tantas outras coisas. E muitas vezes quando você está muito focado na solução de algo de forma racional e percebe que há algum obstáculo àquele avanço, o que provavelmente está acontecendo é que há mapas mentais que estão sendo criados numa determinada direção, enquanto outros – que podem ter relação com suas emoções e intuição – podem estar levando você para outra direção, havendo algo incongruente, ou o que chamamos de dilema. É como se, apesar de termos elementos suficientes, a conta não fechasse, sabe?

Claro que nesse texto não temos como aprofundar muito mais a análise de funcionamentos extremamente complexos de nosso cérebro, mas é essa é uma explicação superficial, porém suficiente para entendermos que, quando não consideramos os três aspectos – razão, emoção e intuição – é como se não tivéssemos todas as peças para completar um quebra-cabeça.

Assim, se perceber tanto no campo racional, como também o que você sente e as sensações que tem a respeito de algo (“hummmm, isso parece fazer sentido”, ou “hummmm, tem algo aqui que está estranho….”) pode ser uma saída para garantir que todas as peças dos diferentes quebra-cabeças de sua vida estejam presentes.

E aí? Como tem sido com você? Que tal parar um pouco para pensar nos dilemas que está lidando e considerar os três aspectos para ver se chega a diferentes conclusões e estratégias?

É isso aí.

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