Muitas vezes nós confundimos nossa identidade, essência e personalidade com a crença de que nossos comportamentos atuais definem quem somos e se mudarmos deixaremos de ser autênticos.
Mas o quanto isso pode ser um pensamento fixo ou um rótulo que colocamos em nós mesmos?! O quanto a forma como nos definimos impacta em nossos resultados?
Cada um de nós tem características únicas e preferências naturais que definem muito da nossa personalidade e identidade, mas antes de concluirmos que um comportamento é “parte de quem somos”, devemos avaliar se não estamos usando isso como justificativa para recusar a mudança.
O Coach Marshall Goldsmith ensina que esse tipo de pensamento ativa o gatilho da “teimosia”, um dos gatilhos que afetam diretamente nosso processo de mudança e evolução quando queremos avançar e desenvolver novas formas de pensar, ser e agir.
Em processos de coaching e desenvolvimento sempre nos deparamos com pensamentos desse tipo:
“Não sou bom em lidar com pessoas. Eu sou assim, por isso não adianta tentar fazer diferente”.
“Eu falo o que penso, esse sou eu.”
“Não sou bom em lidar com prazos ou pontualidade, isso faz parte de mim”.
É como se cada uma dessas “explicações” justificassem permanecer com esses comportamentos.
Mas todos nós podemos mudar e tentar coisas diferentes, afinal de contas qual o impacto desses comportamentos em nossas vidas e na vida das pessoas ao nosso redor?
A própria neurociência do comportamento explica como nosso cérebro através da neuroplasticidade é capaz de criar novas formas, de se adaptar, aprender coisas novas e evoluir.
Por último um ponto que pra mim é crucial, se olharmos para essas questões ou dificuldades pessoais como oportunidades de aprendizados veremos que nós ganhamos em nos abrir para tentar coisas novas.
Em minha caminhada de liderança aprendi a analisar todo feedback ou comentário sobre minha forma de gerir as coisas e as pessoas a fim de buscar evidências desse tipo de pensamento fixo. Quando percebo algo em minha mente, logo paro para refletir: “Sou eu mesmo, minha essência, meus valores?! Ou um comportamento ruim e eu poderia tentar algo novo com aquela pessoa ou situação afim de promover um ambiente mais positivo e produtivo?!
Ou também penso: “Se mudar tal coisa, mesmo que eu não ache tão necessário vai afetar positivamente as pessoas ou os projetos que são importantes pra mim?!” Se sim, porque não tentar, afinal de contas toda vez que aprendo eu ganho com meu auto aprimoramento.
Por isso, nós podemos mudar a forma como nos definimos.
Marshall Goldsmith também fala que quando nos colocamos em uma caixa com o rótulo: “Isso não sou eu!”, estamos garantindo que não conseguiremos sair de dentro dela.
Quais comportamentos você tem adotado esse pensamento fixo?
Pare e pense. Se você testar algo diferente, quais os ganhos você vai ter?
Nós somos seres criados com a capacidade de nos transformar e evoluir sempre! Isso sim faz parte da nossa essência.
“Não vos conformeis, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente” R122