“Um erro nunca é inerte!” Essa foi a frase que um cliente me disse quando falava sobre a mudança de mentalidade que tem acontecido com ele e achei a frase simples, óbvia… e incrível!

Para esse meu cliente, assim como para a maioria das pessoas que busca a excelência (ou a perfeição, o que é bem diferente), antes o erro era quase um pecado; algo a ser evitado ou escondido a todo custo – até para si mesmo.

O que acontecia com ele é uma daquelas síndromes que atingem a grande maioria das pessoas, especialmente antes delas entenderem o que esse meu cliente entendeu. Deixe explicar.

Claro que na vida em geral faz todo sentido tentarmos evitar o erro… analisar, planejar, fazer estratégias… mas o fato é que não temos controle sobre tudo. Você sabia disso? Pois é… como coach que não desliga um segundo e quer dissecar o funcionamento humano, um dia perguntei a meu filho – quando tinha 9 anos – se achava que podia controlar o que as pessoas pensavam dele. A resposta dele foi um sonoro e contundente “sim, claro”!!! E isso é uma pequena amostra do quanto nós, desde cedo, temos a impressão (errada – e segue aí um de nossos primeiros erros) de que podemos controlar pessoas e situações.

Justamente por pensarmos assim, quando o erro ocorre simplesmente não ‘damos conta’… pois errar é como dizer que falhamos, que não conseguimos fazer o que todos conseguiriam fazer – controlar tudo e todos – e portanto não somos o suficiente. Isso representa uma ameaça para nosso cérebro, que automaticamente entra naquele movimento tão conhecido de bater ou correr. É por isso que tendemos a esconder ou justificar nossos erros.

Poucas coisas são certas nessa vida, mas uma das certezas que existem é a seguinte: é fato que erraremos. É uma mera questão de tempo e oportunidade. Por quê? Porque não temos como saber, nem controlar tudo. Bem-vindo ao mundo real!

E foi justamente essa a descoberta óbvia e brilhante que teve meu cliente: errar é como estar diante de energia atômica, que pode ser usada para abastecimento de uma cidade, ou para destruição de uma nação; mas jamais será inerte.

O erro sempre terá um enorme potencial contido em si mesmo. Potencial para culpa, defensiva, desentendimentos, mas também para aprendizado e crescimento. Se antes os erros que meu cliente cometia eram usados para a destruição, agora são para crescimento e aprendizado.

Aliás… a Penicilina, o primeiro antibiótico que existiu, nasceu com o que Alexander Fleming aprendeu a partir de seus erros em experimentos… e descobertas incríveis foram feitas a partir do que se considerou inicialmente como um erro.

E você? Como você tem aproveitado os erros que comete ao longo do caminho?

É isso aí.

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