Já parou para perceber como geralmente reagimos a feedbacks, ou como agimos quando percebemos algo que precisamos desenvolver? A tendência mais normal é que as pessoas tenham a expectativa de imediatamente encontrar uma resposta do que tem de ser feito e que isso as faça acertar de primeira.

Mas infelizmente geralmente não acontece assim… Normalmente não temos a resposta completa, ou não temos segurança sobre ela, ou ainda, quando a aplicamos na prática, muitas vezes não obtemos a resposta imediata que imaginávamos num primeiro momento. E, quando isso acontece a tendência é desistirmos da estratégia e ficarmos frustrados, confusos e muitas vezes com sentimentos de incapacidade e aquele pensamento paralisante “não tem mais o que fazer”.

Mas existe uma saída pra isso e essa saída está pautada numa mudança de mentalidade!

Sabe, todo processo de desenvolvimento, por mais que tenha algum foco específico, acaba trazendo vários processos acessórios, sendo um deles essa mudança de mentalidade. A pessoa começa um processo esperando fórmulas mágicas e saídas infalíveis, mas ao longo da jornada começa a perceber o tremendo valor que há no aprendizado, o qual gera amadurecimento e senioridade.

O movimento passa a ser baseado numa nova mentalidade, a de cientista/aprendiz, quando então a pessoa passa a agir como alguém que vai testando misturas, fórmulas e validando hipóteses. É claro que essa mentalidade também não muda de uma hora para outra.

Inicialmente percebemos a pessoa ainda cética quanto a possíveis testes e resultados, mas em um dado momento começamos a escutar frases como “eu vou fazer esse teste”, “vou observar isso”, “vou ver o que vai dar certo e não vai”, “vou ver o que precisa ajustar”, etc. É nessa hora que vemos que a pessoa entendeu e está proposta a conscientemente pensar nos testes que fará a partir de suas percepções, nas experiências de comportamento e ação, na observação de si e do ambiente, no aprendizado, nos possíveis ganhos e perdas e nos ajustes que podem ser aplicados. E o mais curioso é ver como alguns que passam por essa transição (para não dizer todos) ‘curtem’ o movimento!

Desenvolvimento é um processo de aprendizado. Aliás… “processo” e “aprendizado”… ambas as palavras pressupõem tempo, testes, retroalimentação. Lembra dos 4Cs que sempre falamos nos nossos materiais? Consciência, Consistência, Cadência e Coração, sendo que no item Consciência é importante pensar no AIR, que é igual a Atenção, Intenção e Retroalimentação. Tenho Atenção naquilo que estou fazendo, sou Intencional para colocar em prática e observar, e Retroalimento com aquilo que percebo e aprendo a partir da prática e observação.

Apesar de haver diferentes maneiras de sistematizar o processo de desenvolvimento e aprendizado, esse é um bem completo e fácil de guardar… e se aprendermos a aplicá-lo na prática ele não tem como falhar!

A partir do que foi colocado aqui, a conclusão desse texto de hoje é: Você quer desenvolver alguma coisa? Não espere que de uma hora para outra vá “sair um coelho da cartola”, ou que você vá encontrar “a resposta mágica”… Se você está buscando um desenvolvimento ou uma musculatura mais robusta em si mesmo, ou ainda estratégias sólidas e sustentáveis para lidar com situações, pense nisso – a mentalidade tem de ser de cientista – teste, observe, retroalimente, continue testando… a tendência é que você passe inclusive a curtir o processo e, se isso virar um hábito em você, não haverá mais como parar de crescer e se desenvolver na vida.

É isso aí!

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