Você sabia que uma habilidade muito importante para qualquer líder é saber auxiliar ou facilitar o processo de pensamento alheio?

Pois é. Toda vez que alguém assume uma posição de liderança ou nela amadurece, é natural que esse líder precise apresentar conhecimento técnico, bem como a capacidade de ensinar, orientar e direcionar as pessoas para que elas avancem nesse conhecimento e nos resultados que delas se espera. Mas, o que não se compreende com a importância devida é que esse líder necessariamente precisa agregar também a capacidade de facilitar os processos de conscientização e tomada de decisão de outros, uma competência nova e muito diferente daquilo que normalmente se aprende na carreira.

Há dois aspectos relevantes nesse ponto: 1. as consequências para o líder; 2. as consequências para os liderados. Neste texto vamos focar mais nas consequências para os liderados.

Veja, quando você diz para alguém o que fazer, o cérebro dessa pessoa recebe informações que terá de associar aos mapas e filtros que já conhece, o que pode ter resultados limitados, porquanto talvez aquilo que ela consiga associar seja somente parte do todo que está por trás do que você quer transmitir por meio de sua orientação. Por esse motivo, ainda que a pessoa compreenda a orientação específica que você fornece, existe a chance de não fazer tanto sentido para ela caso o ‘script’ saia do inicialmente previsto, levando-a à dúvida, conservadorismo, estagnação ou até ao erro.

Por outro lado, quando você facilita a pessoa a pensar, se conscientizar e tomar decisões por conta própria, você auxilia a pessoa a acessar seus próprios mapas mentais e insights, o que às vezes pode aparentemente levar mais tempo do que dar a resposta, mas no médio/longo prazo pode ser a diferença entre a estagnação ou o avanço; o conservadorismo ou ousadia; o erro ou o teste informado e consciente. E por que funciona assim? Porque ao acessar seus próprios mapas mentais a pessoa cria uma linha de raciocínio que faz sentido para si, garantindo mais maturidade, autonomia e sustentabilidade em tudo que ela fizer.

Claro que um líder que sabe fazer as pessoas pensarem não vai se isentar da responsabilidade e ‘delargar’ as coisas. Não é essa a ideia. Pelo contrário, quando um líder possui essa competência ele também desenvolve a capacidade de dosar ‘quanto’ será necessário entre a orientação e a facilitação, a fim de maximizar o amadurecimento da equipe e potencializar os resultados. Além disso, como os resultados são, em última instância, de máximo interesse ao líder, a ele cabe entrar de forma mais diretiva se alguém tiver uma linha de raciocínio que demonstre um risco ou resultado potencialmente negativo.

Em resumo, nunca se contente em chegar ou amadurecer numa posição de liderança sabendo apenas direcionar e orientar. Mesmo que você seja um excepcional líder-mentor, não se conforme! Saiba que é necessário também aprender a ser um líder-coach, que é aquele que sabe fazer os outros pensarem e usarem os próprios recursos, maximizando o potencial de cada pessoa e, por fim, do todo que diversas pessoas juntas compõem.

Como está sua liderança hoje? Garanto a você que, quando tiver essa capacitação, terá equipes muito mais produtivas, maduras e rentáveis. Pesquise, capacite-se e voe!

É isso aí.

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